A criação do programa de “Hortas Educativas Comunitárias” no município foi uma sugestão encaminhada pela Vereadora Racibe da Acrenoc ao Prefeito Municipal durante a última reunião ordinária da Câmara Municipal. Na oportunidade a Vereadora explicou que o objetivo primeiro do projeto é produzir hortaliças para o consumo de escolas e famílias de baixa renda, melhorar a qualidade da educação e alimentação destas pessoas com redução de gastos e cidadãos mais conscientes e ambientalmente mais responsáveis, apresentando novas atitudes e posturas diante da complexidade socioambiental.
“Eliminar terrenos baldios em áreas urbanas, que muitas vezes são utilizados como depósitos de entulho e se transformam em focos de doenças como a dengue, reaproveitar espaços em terrenos de Escolas Públicas, tem sido o objetivo do Programa “Hortas Educativas Comunitárias” implementadas em diversos municípios brasileiros. Uma horta cuidada por uma única família é chamada horta doméstica. A diferença da horta comunitária é que esta é mantida por um grupo de pessoas da mesma comunidade, ou por alunos de uma escola. Este modelo de cultivo de verduras e legumes, também conhecido como horta coletiva, tem ajudado no combate à fome e na ocupação das pessoas por meio do exercício da cidadania”, justificou Racibe da Acrenoc.
A Vereadora conta que em geral as hortas comunitárias são instaladas em lotes vagos ou terrenos cedidos pela Prefeitura ou em estabelecimentos Estudantis, e sua produção abastece famílias que moram perto destes terrenos, bem como oferece hortaliças e legumes para a merenda escolar dos alunos. São cultivados alface, tomate, rúcula, couve, espinafre, repolho, alho, rabanete, beterraba e cenoura, entre outras verduras e legumes. Na maioria dos casos a produção é feita a partir dos princípios de agricultura orgânica, ou seja, sem os inseticidas e fungicidas tradicionais, o que garante mais qualidade ao que é produzido.
Conhecimentos populares sobre ervas medicinais também fazem a diferença na hora de a comunidade escolher o que vai plantar. Em algumas hortas são incluídos itens como a sálvia, por exemplo, que é uma planta usada para baixar a febre, ou o boldo, utilizando no combate a problemas no fígado. A demanda por plantas medicinais nativas já existe e a tendência é de que esta demanda aumente, pois à medida que as pesquisas científicas avançam e confirmam a eficácia de muitas espécies que já são usadas popularmente, criam-se condições legais para que possam ser oficialmente receitadas por médicos e transformadas em medicamentos por farmacêuticos. Desta maneira estas plantas podem ser usadas por pessoas que pertencem a comunidades culturais diferentes daquela que sempre fez uso tradicional da planta.
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